Bucetáticas

Quais ficções nas quais nos inserimos, e que às vezes chamamos arbitrariamente de realidade? Ou seja, a realidade é uma ficção dominante.  Nas culturas subalternas (sudakas) de resistência contra a dominação da normalização, matriarcas de Pindorama somos constituídes historicamente como experimentadores de tecnologias de produção de subjetividades. E justamente por termos sido relegades às margens, temos que inventar outras técnicas de produção de subjetividades. Essas técnicas ciberfeministas de produção de rotas inquietas de liberdade são necessárias  pra agenciar os novos desafios de como construir a vida coletiva em nosso contexto econômico.

Criação de conceito, proliferação de ações e propostas, improvisos. Ciberfeminismo, submidialogia, gambiarras. Cartografamos um mapa por proximidade de ações work in progress na disputa das imagens.  Clustering[1]sistema algorítmico de agrupamentos automáticos de dados segundo seu grau de semelhança, de estudo de fenomenologia de interação em rede, e design de comportamento., swarming[2]fenômeno de interação em rede também visto em animais, O comportamento de enxame, é um fenômeno comportamental coletivo exibido por entidades diversas, particularmente animais, que se agregam … Continue reading, cloning[3]fenômenos interativos, ideia se dão por interação, os neurônios espelhos aprendem por imitação., são resultados de interação fortuita que faz acontecer coisas estranhas: tudo que interage se aproxima. Sustentabilidade pode ser feita conectando redes de produção de riqueza imaterial, pela geração de fluxo de informação.

Crietivas, e como![4]homenageio o grupo inspirado no criativecommons, usando como adjetivo de cratividade munido de marca não-muda derridariana na linguagem que plurissemiotiza a palavra criar em estado de palimpsexto … Continue reading Nascem vocabulários políticos e poético, nascem processos estéticos, pululam coletivos, de 10 de 2 de um. A mobilidades das identidades hackiáveis, hackeadas, e hackeadoras. É a proliferação de nossas potências vitais, atuais e virtuais. Na contramão da fixação do progresso por meio de algoritmos: algo-em-ritmos.

O trabalho próprio da filosofia antropofágica e perspectivista que nos é familiar, hackers-sociais, construímos pontes entre metareciclagem, ancestro-futurismo, mídia-tática, cultura-maker, cosmos-ciência, bio-hacking através de satelites hackeados , gambiarras tecnopolíticas, precárias e incendiárias. Em processos imersivos e ações coletivas criamos conhecimento coletivo. Uma prática digitofágica glitch[5]estética do erro, pirataria, sampler ilegal, moshando[6]uma apropriação do cyberpunk, a dança punk de roda, pessoas misturadas, para a mistura de técnicas e linguagens aplicada digitalmente de maneira aleatória a uma imagem gerando novas formas de … Continue reading fazendo arte.

-Papai, os homens também podem programar?

Quando a escritura social de mulheres professoras, secretárias e matemáticas: programadoras,Hidden Figures”, começou a ser reescrita até hoje onde uma maioria de homens programando no mercado? Como chegamos ao ponto que estamos? E porque revemos nossos passos? Como anciãs tecendo uma colcha de retalhos , os corpos , as máquinas, os sonhos, os laços, os nós. Deslocamentos, Investig-acão, redescoberta! Criam-se redes. Disputa de espaços a experiência de apropriações midiáticas das mulheres brasileiras e suas redes de afetos, seus hackerismo sociais. Seus bebês em panelas, mais bem ocupadas, nas cozinhas das ocupas, que no samba-sapo-pato dos conservadores que se apropriam  de nós.

Re-agregar novas perspectivas em curso , 20 anos de memória, num país onde a morte do Museu Nacional anuncia mais um deserto no tempo Bucetáticas  a rósea-gruta cria do passado, óvulo do futuro!!! .

Sue Nhamandu

 

References

References
1 sistema algorítmico de agrupamentos automáticos de dados segundo seu grau de semelhança, de estudo de fenomenologia de interação em rede, e design de comportamento.
2 fenômeno de interação em rede também visto em animais, O comportamento de enxame, é um fenômeno comportamental coletivo exibido por entidades diversas, particularmente animais, que se agregam juntos, sem líder.
3 fenômenos interativos, ideia se dão por interação, os neurônios espelhos aprendem por imitação.
4 homenageio o grupo inspirado no criativecommons, usando como adjetivo de cratividade munido de marca não-muda derridariana na linguagem que plurissemiotiza a palavra criar em estado de palimpsexto de sentidos.
5 estética do erro
6

uma apropriação do cyberpunk, a dança punk de roda, pessoas misturadas, para a mistura de técnicas e linguagens aplicada digitalmente de maneira aleatória a uma imagem gerando novas formas de arte dessa mesma imagem com com o mínimo de esforço do artista pela meta autoria com a máquina, um processo de arte dentro do conceito de “arte em greve” utilizado para gerar efeito glitch (da cultura do erro, desde Kintsukuroi gambiarra é uma forma de arte, que é muito popular na geração de imagens numa estética própria que na cultura digital leva o nome glitch) na produção audiovisual